terça-feira, 4 de agosto de 2015

O banho


No banho que demora vidas

As duas mãos na face usada

Não significam nada mais que expurgação do sujo

Enquanto pingos de água e lágrima

Descendo pela pele pulam

(O fim é o chão) apostam corrida


Como as vias rubras desenhadas pela agonia abarrotada de arrependimento e culpa

Que ousou fazer-se líquida

Mas estável - e surda - como rocha


Espalha-se pelo corpo


Queima. Bolhas, dor, feridas

Ácida da acidez da vida

Até chegar ao fim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário