Noite, desaperte meu pescoço manso
e permita o humilhante discurso.
Ah, crepúsculo que oprime ensinando a paz,
madrugada que inútil me faz,
não te consigo ser dia,
apesar dos raios de sol
Que - mesmo que sejas fria - insistem em estampar
[teu seio.
Que reluzem em tons de azul ora fosco, ora bruto.
Que me permitem um olhar, ainda que turvo,
[para o teu existir.
É um nevoeiro, é sim, só pode ser!
Para não ser passageiro não há mais razão.
Alternativa: a desilusão noturna vai se impor
e viverei no enegrecer pálido do céu,
um vulto insano, louco por luz,
até que venha o súbito pôr-de-mim
e poderei raiar novamente
depois de alimentar-me do néctar da tua escuridão.
Serei eu capaz de descomplicar
as tuas sombras quase sólidas, ou elas,
como a percepção de ser só, lhe dão
tua tão importante solidão?
Muito bom, Vitor. Realmente introduz quase que com perfeição meu poema.
ResponderExcluirBacana seu blog. Abraços!
opoetaeamadrugada.blogspot.com
Obrigado!
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