domingo, 5 de abril de 2015

O pó e o vento

Se o amor decidir caminhar
em uma direção apenas,
há penas que se observar
Condena-se o pó do universo
Ao perverso frio que ali há

Aliar a brisa ao infinito:
É visto assim o azedume
No gume afiado do olhar
Do pó que não tem mais receio
Do esteio correntes-de-ar

Aventura é correr no céu
Pisar só no alento criado
Vácuo que sustenta a loucura
Muito dura, mas não pra sempre
Mente o pó se disser que aguente

Mas diz sim, o pobre pó, ente
Do cosmos, amigo do vento
Acento no sopro da vida
Esquecida sempre que lembra
O pó de ser feliz; - emenda:

"Aqui está uma revogação
Quão útil, quão pura e quão sã
Bah!, jamais é que saberei
Onde se lê não quero amar
Leia-se me apaixonei"

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