quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Retalhos

Mário joga retalhos de sentimentos
Num pano de guardar confetes
Ou os embrulha em papel de presente
(O enfeite é pintado em blue decrescente.
É um degradê que oferece a outro alguém).

Coitado.

Sabe bem que os retalhos não surgem do nada.
É claro que os corta do rabo da saia
Que o passado vestiu
E ele aplaudiu de pé.

Mas (sempre o mas!)
Estuda na rua o porquê da paixão
Um flaneur sem imaginação
que vagabundeia vigiando o interpretar
de suas ofertas de sentimentos retalhados.

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