sexta-feira, 23 de outubro de 2015

O nascimento do poema

Não!
Parem de achar que é o poeta quem faz o poema.
O poema acontece, imprevisível
Como um filho não planejado
É um nascimento, um ser vivo e amado.

De uma transa entre o amor e a palavra, filhos.
Nenhum deles amoroso
Nenhum deles é saudoso
Todos são sombrios.

Que maravilhosamente esquisitas foram as Cesárias
daqueles meninos e meninas poemas
Poemas machos, poesia fêmea
Eu, poeta obstetra, tiro várias
Conclusões precipitadas
Enquanto o amor faz planos
E dá nome a seus filhinhos
Me pedindo opinião. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário