quinta-feira, 11 de maio de 2017

Toda

O fogo que guardas no peito
Lareira me é sem ser incêndio
Meu corpo, aconchega-o inteiro
Me esquenta assim sem me queimar
Em meu quintal faz a fogueira
Da qual ao redor canto e danço
Acende os foguetes que lanço
Se penso que te vi chegar
Clareia dali a varanda
Em que te pretendo sentada
Contando historietas passadas
Futuros a romantizar.

O gelo que guardas no peito
Congela-me? Não, é refresco
O pego na mão, massageio
Os baques que a vida me dá
Esfria bem minhas bebidas
Reflete-me os melhores traços
- Revisto-me em muito agasalho
Se muito gelado ficar
Suporto até menos cinquenta
Pra seres tu meu sonho bom

Visto vinte e dois moletons
Sim, visto, é só precisar.

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