quinta-feira, 11 de maio de 2017

Engole o choro

Engole o choro, menino
Que nem tua é a noite.
A força do teu jeito é magra
A lágrima do teu sono é podre
Ainda nem são 5 e dormes
Em pé te vêm as perdas
Tosses o teu desgosto
Rosto teu pronto é rosto?


Saiba que a felicidade doutro sonho
Prensa a tua contra a tristeza
E avistam-se fatiados sobre a mesa
Os teus planos mais pueris
No jantar amigo se comem amores
E saem dores pelo nariz
Em irados suspiros nasais que curam
Até as clausuras que não se cospem
E delírios que não escorrem
Nem por todo o suor que distrai
Pois, pelo mais que já te dizem e mostram
Por que não te mandas agora ser feliz?

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