segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Certo como a criação divina

Vejo o amor que tenho por ti em tudo que Deus criou
E é como o futuro, como o voto seguro
É como o belo e o feio, o preço de um veraneio
É como ciência e religião, como o conforto de um colchão

Será que vejo o amor que tenho por ti em tudo que Deus criou?
Parece o dinheiro que se há de ganhar, e o valor dos livros em que se pensa comprar
Parece com a estúpida fala e com a desnorteada bala
Com o acaso e com a sorte, e com a vida, mas não com a morte

Não vejo o amor que tenho por ti em tudo que Deus criou
É similar às teorias, às teses, às tentativas e à exegese
Ao tamanho do multi ou do universo, e aos assuntos que se julgam desconexos
E às premissas, e às respostas, e às missas e ofertas postas.

Deus criou tudo em que vejo amor por ti?
Lembra o tempo que vai levar pra alguém se embriagar
E pra, depois disso, dormir e se levantar pro serviço
E lembra, além de tudo, como é te ver e conseguir ficar mudo.

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