A cidade que fuma
Engana com a bruma dos sonhos
Os olhos sem colírio
Que se mantêm abertos
No martírio infinito dos dias comuns
Descontentes ascendentes
Mal saem do lugar
E os que o já desistiram de subir,
Para que o hálito frio dos passantes não os toquem,
Vivem na horizontal:
Sobre as tampas dos bueiros
Como sempre, escondem
Os reais cheiros das cidades
Que se chamam grandes