sexta-feira, 20 de março de 2015

Queria amar de pouquinho

Rio daquele cuja súplica antiga
Era pra sua vida uma paixão em
Temperatura alta que além de capaz
De impulsionar com a propulsão
Feroz dos combustíveis
Que levam à lua
Distancia do chão
Em proporções surreais
Veloz de dar mais medo
Em quem tá vendo de longe
Que em quem tá vivendo de perto.

Ele só queria amar de pouquinho
Em pouquinho se perdeu pro vício
Na dopamina que vem do abraço dela
É bela, mas de amá-lá, o ofício
É o mais árduo
É pesado sustentar-se neutro
Todo vício tem seu custo
O deste - puto! - são os mesmos:
Atenção e desejo direcionados
Necessitados todos de ela

A saudade se torna rainha
Da - coitadinha - consciência
Mão de ferro, não tem piedade
Nem tem pena, nem tem dó
Quando julga, quebra as pernas
Mata Jó de impaciência
E o velho de Hemingway volta
Vara torta, sem resposta
Do mar

É triste, por isso
Essa é uma piada daquelas
Amarelas que só quem conta ri
Uma brincadeira de tão mal gosto
Que nem gosto de falar disso.

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